FMI RETOMA O PROGRAMA FINANCEIRO COM A GUINÉ-BISSAU, SUSPENSO HÁ MAIS DE TRÊS ANOS.

 

O Fundo Monetário Internacional, (FMI) vai desembolsar a favor da Guiné-Bissau a médio prazo 36,3 milhões de dólares americanos

ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargado, acordado com as autoridades de Bissau.

O documento que suporta o acordo foi anunciado esta segunda-feira, (21.11) pelo Chefe da Missão do Corpo Técnico do Fundo Monetário Internacional, (FMI), José Gijon, tendo referido na ocasião, "que chegaram a acordo com autoridades da Guiné-Bissau."

Lê-se no comunicado emitido pelo fundo "FMI e as autoridades da Guiné-Bissau chegaram a acordo ao nível do corpo técnico para apoiar as políticas económicas da Guiné-Bissau mediante uma Facilidade de Crédito Alargado, FCA de 36 meses, no montante de 36,3 milhões de dólares."

Na nota, a missão do FMI traçou um quadro favorável na perspectiva de apoiar "a implementação de políticas e reformas de apoio de apoio à governação pública", e um crescimento económico"mais inclusivo."

José Gijon, Chefe da Missão do FMI para Guiné- Bissau reconheceu que a economia da Guiné-Bissau recupera gradualmente dos efeitos da Pandemia de Covid-19, contudo, sublinhou que, as repercussões da guerra na Ucrânia possam a atrasar a recuperação do país.

Este novo Programa, suportado pelo FMI, visa entre outros, a "assegurar a sustentabilidade da dívida, apoiar a recuperação económica e criar espaço orçamental para ajudar um crescimento sustentável e inclusivo", referiu o comunicado do fundo, tendo salientado que, "continua a ser essencial uma gestão orçamental robusta e transparente."

Essas ações vão conduzir a Guiné-Bissau "a reforçar a sustentabilidade macroeconómica e da dívida", enquanto isso, o Programa de reformas estruturais vai permitir melhoria da governança pública.

Sobre a dívida pública que atingiu 80% do PIB, o Ministro das Finanças, Ilídio Vieira TÉ esclareceu que, "não é uma dívida contraída agora pelo actual governo, mas remonta desde 1974". Embora, o Titular da Pasta das Finanças prometeu medidas corretivas para evitar sobreendividamento.

Ilídio Vieira TÉ salientou a importância da assistência financeira internacional para superar os desafios que a Guiné-Bissau enfrenta neste contexto induzido pela Guerra na Ucrânia.


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